Ser mãe...


"Uma vocação nascida no coração de Deus!"

Podemos definir o ser “mãe” como uma vocação nascida do coração de Deus, porque a fonte do seu amor é o amor de Deus. O amor de uma mãe, apesar de ser imperfeito, é o mais parecido com o amor do Pai. Que maravilha chegar a esta constatação: A vocação do ser “mãe” é o Amor!

Experimentando o amor de Deus, podemos compreender o amor de uma mãe... O amor de Deus é incondicional, ímpar e pessoal. Deus ama gratuitamente, sem impor condições e sem esperar nada em troca. Este amor, que no mundo atual, é de difícil compreensão, pois o homem moderno está acostumado a ser valorizado pelo que tem a oferecer, pela sua inteligência, pela sua beleza e pelos seus bens materiais.

Deus ama a todos os seus filhos com um amor único e total. Ama a cada um como é, com suas características físicas e psicológicas, com suas qualidades e defeitos. A todos e a cada um, individualmente, Ele diz: “Eu te amo com amor eterno”, “Tu és precioso aos meus olhos”, “Eu estou contigo”, “Jamais meu amor te abandonará”.

O amor de Deus é pautado pela bondade e generosidade. Bondade sempre maior daquela que merecem os filhos. Generosidade ilimitada sempre além do mérito de cada um. Deus Pai ama apaixonadamente os seus filhos, mas respeita a liberdade de escolha de cada um em querer viver como filho de Deus. Assim é o amor de uma verdadeira mãe!

Ela só pensa e sonha com a felicidade de seus filhos. Ela não mede esforços e sacrifícios pelo bem deles. É incansável na doação, ama sem reservas, por inteira. O amor de uma mãe é aquele que “tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo perdoa” (cf. ICor 13, 7). Esse é o retrato da minha mãe...

Em uma tarde de domingo, minha mãe recebeu a dolorosa notícia de que meu pai havia falecido em um acidente, quando participava de uma romaria com a nossa paróquia Nossa Senhora de Fátima, na festividade de Nossa Senhora Mont Serrat, na cidade de Salto, interior de São Paulo.

Podemos imaginar uma jovem senhora de 36 anos, que poderia ter se casado outra vez, mas ao contrário, fez a escolha de cuidar e viver em função dos filhos. A vida lhe ensinou que o amor nos capacita a transcender situações, e aquela mulher, que era uma simples dona-de-casa, teve de sair à luta para sustentar a família, e nessa atitude de sair de si mesma, começou a experimentar o amor de Deus, que mesmo na dor abre o nosso coração para uma autêntica solidariedade com outras pessoas.

E assim, mesmo viúva, tendo de trabalhar fora para sustentar os seis filhos, o mais novo tinha 4 anos e a mais velha 14 anos, encontrou tempo para servir na Legião de Maria, um trabalho muito frutuoso da nossa Igreja Católica, no qual os legionários, com Maria, visitam os doentes.

Depois, minha mãe participou do movimento da Obra das Vocações Sacerdotais, porque meu irmão foi para o Seminário dos Missionários da Consolata e, também trabalhou com as mães carentes de nosso bairro, para lhes conseguir creches.

Hoje, minha mäe, dona Tereza, é consagrada na Comunidade de Aliança da Cançäo Nova, em Säo Paulo, e completou 81 anos no dia 16 de maio. Uma mulher de Deus, e que me ensinou a amar Maria.

Obrigada, Mamäe! Se, hoje, eu sou uma missionária consagrada da Cançäo Nova, dando a vida para salvar almas em terra estrangeira, é graças à formaçäo religiosa que a senhora e o papai me deram, desde o meu nascimento. Seu exemplo de mäe me faz lembrar sempre da “Mãe” de Deus, aquela que é a “serva do Senhor” (cf. Lc 1,38) e que tanto lhe ensinou a ser “mãe”.

O Papa João Paulo II em sua "Carta às Mulheres" fala sobre Maria: “É por obediência à Palavra de Deus que ela acolheu a sua vocação privilegiada, mas nada fácil, de esposa e mãe da família de Nazaré. Pondo-se a serviço de Deus, ela colocou-se também a serviço dos homens: um serviço de amor”.

Deus abençoe a sua vocação de ser “Mãe”, e abramos os nossos corações para que a Virgem Maria seja a nossa Mestra e possa nos ensinar a amar, educar, formar e levar os nossos filhos a serem santos.

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